COBERTURA ESPECIAL – 23ª UERJ SEM MUROS
Projeto propõe o ensino de Física
aliado a uma modalidade esportiva
Com o objetivo de tornar a disciplina
mais interessante, a quadra de esportes passa a ser uma extensão das salas de
aula
Basta conversar com alguns estudantes
para se chegar à seguinte conclusão: uma das matérias que mais desagrada os
alunos é a Física. Devido à grande quantidade de fórmulas e à complexidade das
análises, a disciplina pode não despertar o interesse, fazendo com que as aulas
fiquem cansativas. Pensando nisso, o graduando em Física pela Uerj, Cleovan
José, desenvolveu o projeto “A Física do Salto”, que alia Física ao salto em
distância.
Esse estudo está inserido em outro
projeto, “A Física dos Esportes”, da professora do Instituto de Física da Uerj,
Rosana Bulos Santiago, que também é orientadora de José. A partir dessa ideia,
o estudante busca o auxílio na elaboração de atividades suplementares, aquelas
em que é possível por em prática toda teoria aprendida dentro das salas de
aula. Segundo ele, é perceptível o aumento no interesse dos estudantes: “Nós
pegamos uma temática que não é bem aceita e juntamos com o esporte, que
geralmente é um assunto mais agradável, e isso faz com que eles se animem para
ter as aulas”.
A análise do salto acontece da seguinte
forma: o movimento do atleta é descrito a partir de um ponto fixo, o chamado
centro de massa. Esse deslocamento vai originar uma parábola, e ao fim, será
formada a trajetória do salto. Porém, o curioso é que existe um fator que pode
influenciar na distância total alcançada pelo esportista, a aceleração da
gravidade. Como esse coeficiente não é fixo, tem uma média de 9,8 m/s², pode
fazer com que a diferença na distância seja de até um centímetro. Parece pouco,
mas foi exatamente essa medida que proporcionou a medalha de ouro para a atleta
brasileira Maurren Maggi, nas Olimpíadas de 2008.
O projeto já é aplicado em um curso pré-vestibular popular em Campo Grande. José explica que, devido a intensidade dos estudos no preparo para as provas, é importante ter uma forma menos cansativa para aumentar o rendimento do estudante. "A resposta dos alunos tem sido positiva, mas
ainda temos o objetivo de chegar no Ensino fundamental e Médio. Além disso, também participamos
de eventos de divulgação cientifica e feiras de Física para disseminar essa nova forma de aprendizado e tornar a disciplina menos cansativa e mais interessante para os alunos".
O curioso é que muitos professores da Rede pública dizem que não podem fazer aulas práticas ou contextualizar suas aulas porque as escolas não possuem laboratório de física. Entretanto é nítido que a física esta em nosso cotidiano e de formas símples é possível despertar o interesse dos alunos. Muito legal, que essa metodolgia de ensino alcançe todas as escolas
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