segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Ensino de Física aliado a uma modalidade esportiva


COBERTURA ESPECIAL – 23ª UERJ SEM MUROS

Projeto propõe o ensino de Física aliado a uma modalidade esportiva
Com o objetivo de tornar a disciplina mais interessante, a quadra de esportes passa a ser uma extensão das salas de aula

Basta conversar com alguns estudantes para se chegar à seguinte conclusão: uma das matérias que mais desagrada os alunos é a Física. Devido à grande quantidade de fórmulas e à complexidade das análises, a disciplina pode não despertar o interesse, fazendo com que as aulas fiquem cansativas. Pensando nisso, o graduando em Física pela Uerj, Cleovan José, desenvolveu o projeto “A Física do Salto”, que alia Física ao salto em distância.
Esse estudo está inserido em outro projeto, “A Física dos Esportes”, da professora do Instituto de Física da Uerj, Rosana Bulos Santiago, que também é orientadora de José. A partir dessa ideia, o estudante busca o auxílio na elaboração de atividades suplementares, aquelas em que é possível por em prática toda teoria aprendida dentro das salas de aula. Segundo ele, é perceptível o aumento no interesse dos estudantes: “Nós pegamos uma temática que não é bem aceita e juntamos com o esporte, que geralmente é um assunto mais agradável, e isso faz com que eles se animem para ter as aulas”.
A análise do salto acontece da seguinte forma: o movimento do atleta é descrito a partir de um ponto fixo, o chamado centro de massa. Esse deslocamento vai originar uma parábola, e ao fim, será formada a trajetória do salto. Porém, o curioso é que existe um fator que pode influenciar na distância total alcançada pelo esportista, a aceleração da gravidade. Como esse coeficiente não é fixo, tem uma média de 9,8 m/s², pode fazer com que a diferença na distância seja de até um centímetro. Parece pouco, mas foi exatamente essa medida que proporcionou a medalha de ouro para a atleta brasileira Maurren Maggi, nas Olimpíadas de 2008.

O projeto já é aplicado em um curso pré-vestibular popular em Campo Grande. José explica que, devido a intensidade dos estudos no preparo para as provas, é importante ter uma forma menos cansativa para aumentar o rendimento do estudante. "A resposta dos alunos tem sido positiva, mas
ainda temos o objetivo de chegar no Ensino fundamental e Médio. Além disso, também participamos
de eventos de divulgação cientifica e feiras de Física para disseminar essa nova forma de aprendizado e tornar a disciplina menos cansativa e mais interessante para os alunos".

Matéria escrita por Paloma Quintão e divulgada no site http://www.agenc.uerj.br/





Um comentário:

  1. O curioso é que muitos professores da Rede pública dizem que não podem fazer aulas práticas ou contextualizar suas aulas porque as escolas não possuem laboratório de física. Entretanto é nítido que a física esta em nosso cotidiano e de formas símples é possível despertar o interesse dos alunos. Muito legal, que essa metodolgia de ensino alcançe todas as escolas

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