segunda-feira, 18 de abril de 2011

A Física ensina ao Ronaldinho Gaúcho a não perder penalti

Após negociação milionária, o jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho chegou ao Flamengo no início de 2011 sob grande expectativa da torcida rubro-negra. Desde então, ainda não foi vista uma grande atuação dele, mas torcedor que é torcedor sempre tem uma desculpa para justificar o baixo rendimento do seu ídolo. Entretanto, neste último domingo (17/04), ficou difícil para qualquer torcedor fanático justificar um pênalti perdido por ele aos 49 minutos do segundo tempo, quando daria a vitória para o Flamengo sobre o Macaé na fase semifinal da Taça Rio. Ronaldinho cobrou o pênalti como um iniciante, chutando a bola no meio do gol e para fora! Somente, seu técnico Vanderlei Luxemburgo, em entrevista ao 'Sportv', conseguiu afirmar que o jogador não deveria pedir desculpas a torcida pelo pênalti perdido, já que isto é uma situação normal de jogo!
Para ajudar o Flamengo, o técnico e o nosso super astro, não repetirem situação desastrosa como esta, recomendamos que eles tomem ciência do trabalho científico desenvolvido pelo físico Ronald Ranvaud, Prof. Dr. do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, onde ele aponta quais estratégias que os cobradores de falta devem adotar para convertê-las em gol. Seu estudo mostra que existem duas posições ótimas onde a bola deve incidir no momento da cobrança, que ficam próximas dos cantos superiores do plano frontal do gol. Entretanto, para converter o pênalti a favor do cobrador, é necessário que a bola atinja velocidade superior a 80km/h, de modo que a bola chegue a posição ótima antes do goleiro. Esta teoria foi testada experimentalmente por jogador e goleiro experientes, em cada dez tentativas nove foram concluídas com sucesso, ou seja, 90% de acerto! Logo, perder pênalti não deve ser visto como uma situação normal num jogo, como afirmou Luxemburgo.
Click no link abaixo, e assista o programa do Globo Esporte com o Prof. Ronald Ranvaud, em 2009, quando ele explicou em detalhes seu trabalho.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O salto de Daniele Hypolito supera o Momento de Inércia

Única representante da seleção feminina de ginástica artística, Daniele Hypolito conquistou a medalha de ouro no salto na etapa de Doha da Copa do Mundo, na quinta-feira, dia 31/3/2011. O salto sobre a mesa é a prova mais rápida deste esporte, dura aproximados 50 segundos, incluindo apenas o momento dos dois saltos aos quais o ginasta tem direito. A prova é composta por uma pista de 25 metros, que termina em um trampolim de impulso e finalmente numa pequena mesa. O ginasta deve saltar sobre o aparelho partindo do trampolim apoiando as mãos sobre a mesa em um movimento acrobático onde são avaliados altura, dificuldade de execução e chegada. Estas acrobacias podem ser realizadas entorno dos três eixos de rotação do corpo humano quando o atleta encontra-se em vôo. Abaixo exemplificarei algumas situações para melhor compreensão da definição desses eixos: Por exemplo, o movimento de uma pessoa em pé rodando entorno de si mesma pode ser associado a um rotação entorno do eixo longitudinal, este eixo passa ao longo do corpo na direção vertical. A execução de uma cambalhota é feita entorno do chamado eixo transversal que passa no meio do corpo na direção horizontal. A realização de uma “estrela” é um movimento entorno do eixo antero-posterior que é uma linha imaginária que passa cortando o umbigo. Como é fácil perceber, a dificuldade não é a mesma para se realizar movimentos entorno destes três eixos, rotacionar ao longo do eixo longitudinal é bem mais fácil do que excutar uma cambalhota ou uma “estrela”. A fisica tenta explicar o porquê dessas diferenças com relação a facilidade de rotacionar entorno de um eixo ou de outro. A grandeza física que explica este fenômeno é o Momento de Inércia, e que está relacionado com a distribuição de massa do corpo ao longo de um determinado eixo de rotação. Se boa parte da massa do corpo se posionar distante do eixo ao qual se quer rotacionar ficará mais difícil para executar o movimento, porque terá um braço de giração maior. Observe que os nossos pés estão mais distante do eixo transversal do que o longitudinal, da mesma forma que a nossa cabeça. Assim, Daniele Hypolito soube conjugar com sabedoria estes fatores e executou com maestria o seu salto, rotacionando em vôo ao longo desses eixos numa sequencia de movimentos incríveis, o que lhe conferiu a primeira coloção neste campeonato!
O endereço abaixo apresenta o vídeo deste salto:

domingo, 3 de abril de 2011

A tecnologia a favor de Diego Hypólito

Com recursos da Finep - empresa do governo, financiadora de estudos e projetos - e também do Confederação Olímpica Brasileira, o Laboratório Olímpico está sendo montado no Parque Aquático Maria Lenk e no Velódromo. Este laboratório está sendo implementado com a finalidade de desenvolver pesquisas em biomecânica, bioquímica, nutrição, entre outras áreas ligadas as ciências dos esportes. Já há muito tempo outros países, como Alemanha, Japão, Rússia, etc, fazem uso da tecnologia e de seus resultados científicos para melhorar o desempenho de seus atletas. Aqui no Brasil este movimento ganhou força, e recurso financeiro, em função do nosso país ter sido escolhido para sediar os jogos olímpicos de 2016. Embora, ainda em fase de inicial, alguns atletas de ponta de diferentes modalidades já começaram a ter assistência desses aparatos, como foi o caso do ginasta Diego Hypólito. Após filmagem, o bicampeão mundial ficou surpreso ao rever seu salto numa sequência de posições congeladas na mesma imagem na tela do laptop. Quando pode fazer a seguinte análise: - Nossa, estou entrando baixo. Quando faço um salto mais simples faço uma entrada melhor. Não só ele, mas seu técnico Renato Araújo, também concorda que as novas tecnologias irão auxiliar em muito o treinamento, e possivelmente melhorar os resultados de seus atletas. Para saber mais, leia a matéria “No laboratório Olimpíco, Hypólito injeta tecnologia na sua rotina de treinos”, divulgada no Globoesporte no dia 23/03/2011.