sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Bicicleta que estoca energia via pedaladas

Produto promete acrescentar tração elétrica a qualquer bicicleta

Mais que um meio de transporte, a bicicleta tem se tornado um dos ícones da vida sustentável, resistência limpa à hegemonia poluidora dos carros. Mas nem sempre a pedalada é tranquila, e às vezes uma força extra até que viria a calhar: é o que propõe a Copenhagen Wheel.

Essa roda, recém-lançada, promete acrescentar tração elétrica a qualquer bicicleta sem - e isso é o mais importante - comprometer a vocação ecológica das bikes. A façanha se cumpre porque ela estoca a energia gerada pelo ciclista a cada volta da roda. Em uma subida, por exemplo, um motor compensa a fadiga do usuário com o giro necessário para manter o curso, atingindo - sem pedalada - uma velocidade máxima de 25 km/h.

E, ao contrário do que se poderia pensar, a instalação não é nenhum bicho-de-sete-cabeças. Basta trocar a roda traseira antiga pela roda nova. Outra vantagem da Copenhagen em relação às rodas "normais" é a de aprender o ritmo do ciclista, o que mantém o passeio sempre estável.

Como são tempos de redes sociais, a Copenhagen Wheel não deixa por menos: integrada a um aplicativo móvel, ela tem conectividade wireless e pode ser usada para compartilhar dados como a sua localização, temperatura e outras coisas temperatura e outras coisas que você pode conferir no vídeo abaixo:


 matéria publicada
Jornal da Ciência  e-mail 4874, de 12 de dezembro de 2013

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Brazuca, a bola da Copa do Brasil


As bolas das Copas de Futebol sempre foram a grande vedete dessas competições, portanto, a curiosidade em conhecer a Brazuca, nome dado por votação popular a bola da Copa do Brasil, não poderia ser diferente.  A seis meses do início da competição ela finalmente foi apresentada ao mundo na semana passada.

A Brazuca é constituída de apenas seis painéis brancos que são adornados com as cores verde, azul e laranja, pesa 437 gramas e tem 69 cm de circunferência, e segundo seu fabricante – Adidas- passou por um completo processo de testes durante mais de dois anos e meio, envolvendo mais de 600 dos melhores jogadores do mundo e 30 equipes de 10 países espalhados por três continentes.

No site da FIFA é possível encontrar uma série de especificações que uma bola deve ter e os tipos de testes que se deve fazer para ela ganhar um certificado oficial deste órgão. Uma série de grandezas físicas esta envolvida nestes testes, como por exemplo, a pressão interna da bola, coeficiente de restituição devido a deformação após o chute, a variação do peso devido a absorção da água, entre outras.  Em junho de 2010, eu publiquei um post neste blog detalhando estas questões quando falava-se da Jabulani, a então bola da Copa da Africa do Sul.  Vale a pena dar uma olhada.  Outra matéria interessante é sobre a evolução das bolas ao longo das Copas do Mundo, fica notório como a tecnologia avançou na perspectiva de sua melhoria.  Veja as imagens das bolas desde a primeira Copa até a Brazuca no link abaixo:


terça-feira, 6 de agosto de 2013

O que os olhos não vêem o cronômetro decide


Finalmente Thiago Pereira quebrou o jejum de medalhas nos mundiais de natação. Dentre diversas conquistas faltava apenas esta para completar seu elenco de medalhas.  No mês de julho ele trouxe para o Brasil dois bronzes do Mundial de Barcelona, registrando as seguintes marcas nas provas de 400m e 200m medley: 4min09s48 e 1min56s30 , respectivamente.  
  

Os quase dois minutos da prova de 200m foram bastante emocionantes, o brasileiro chegou a ficar na frente durante os primeiros 50m, mas no final da prova, perdeu a segunda colocação por apenas 0,01s (um centésimo de segundo).  Na verdade, visualmente foi difícil de dizer quem bateu primeiro no wall pad da piscina, isso porque, o cérebro humano para interpretar e registrar cada nova informação que atinge os olhos leva entorno de 0,04s (quatro centésimo de segundo), tempo maior do que a diferença entre o segundo e terceiro colocado desta prova. Sendo assim, quem define a classificação é o cronômetro!     Nas provas de natação o cronômetro utilizado registra até a casa de centésimo de segundo, mas em outras modalidades esportivas, como as corridas de curta distancia do atletismo e automobilismo, a disputa pode ficar na casa dos milésimos de segundo. 

Outra análise interessante dos resultados do Thiago é verificar que o tempo da prova dele dos 400m é maior do que duas vezes o tempo dele dos 200m.   Precisamente, a diferença é de exatos 16s88.   Aí cabe perguntar: Quais efeitos podemos atribuir para um aumento de tempo tão significativo?  Creio que o fator cansaço seja o mais relevante, porque não deve ser trivial nadar mais 200m a mesma velocidade dos 200m iniciais.  As viradas a mais, provavelmente não devem influenciar no aumento do tempo, uma vez que já ocorreram em número iguais no primeiro percurso da prova. Portanto, neste sentido, os tempos das provas não são aditivos, ou seja, a medida que a distancia a ser nadada aumenta a velocidade média da prova diminui!  

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Bolt de 2013 perde para Bolt de 2009

O último dia 5 de junho foi um dia atípico no mundo do atletismo. Usain Bolt, bicampeão olímpico, perdeu a prova final dos 100m rasos da etapa de Roma da Diamond League, evento preparatório para o mundial de atletismo, que será realizado em a

gosto, na cidade de Moscou. Bolt fez o tempo de 9,95s, atrás apenas de Justin Gatlin, que venceu com 9,94s. O jamaicano largou bem e se manteve na frente até os instantes finais da prova, quando foi ultrapassado por Gatlin. A distância final entre eles foi de apenas 10cm.

Em entrevista, bolt tratou logo de minimizar a derrota, afirmando que está em início de temporada. Ao que tudo indica, não tirando é claro o mérito de Gatlin, esse foi um dos fatores decisivos para a derrota do Jamaicano, que rebatendo qualquer sombra de desconfiança venceu na última sexta-feira, dia 22, a prova de 100 metros das eliminatórias jamaicana para o mundial de Moscou com o 9,94s, seu melhor tempo do ano. 

Sem dúvida, Usain está ainda longe do seu melhor resultado nesta prova, 9,58s, marca alcançada no mundial de Berlim, em 2009. Se compararmos esse tempo com o obtido em Roma, veríamos que o Bolt de Berlin passaria na linha de chegada cerca de 3,86 m a frente do Bolt de 2013.

Nada de crises, no entanto, mesmo sem tempos super humanos, Bolt parece ser humanamente brilhante. Por sinal, já no dia 12 de junho, ele fez a melhor marca mundial para os 200m rasos, correndo em Olso.

O mundial da Rússia está próximo e Bolt promete revanche a Gatlin. Alguém duvida?

Post escrito por Cleovan da Silva (licenciando em Física na UERJ)

sexta-feira, 17 de maio de 2013

A tecnologia deve estar a nosso favor


Está matéria foi feita comigo e minha filha pela Revista Veja online,  no dia 15 de maio de 2013. 

Discute o uso do celular e o crescente consumo deste aparelho pela classe feminina. Eu sou a favor do seu uso, mas é sempre bom lembrar:

A tecnologia deve estar a nosso favor, e não ela nos consumir !!!

Ter um celular "nervoso" (aquele que não para de tocar), incomoda a todos que estão em volta.  



http://veja.abril.com.br/noticia/vida-digital/mulheres-ultrapassam-os-homens-na-compra-de-celulares

quarta-feira, 15 de maio de 2013

A prática experimental da física do salto em distancia.


Mais uma vez, ensinando física através do esporte, elaboramos uma prática sobre a modalidade Salto em Distancia, e fizemos esta “brincadeira” com a turma de licenciatura em Biologia (2013/1) no jardim da UERJ.


Sabe-se, que o centro de massa do atleta ao realizar o salto em distancia descreve uma trajetória parabólica, portanto, o objetivo da prática realizada com os estudantes foi o de encontrar o ângulo de partida no momento do salto.  É fácil obtê-lo, basta ter a velocidade instantânea no momento do salto e distancia atingida.  A velocidade é obtida através da coleta de dados dos tempos nos últimos quatro metros e a distancia é medida diretamente no chão com trena.  Estimulamos os alunos a comparar seus resultados com os encontrados no site da associação de atletismo para o salto em distancia.  Assim como, a entender que este salto depende do valor da gravidade, e portanto, em determinados locais do globo terrestre é mais difícil o atleta ter boas marcas.

Aacima estou anexando a foto da turma de licenciatura em Biologia, ingressantes em 2013/1, e um filme da nossa prática.

terça-feira, 9 de abril de 2013

O Esporte Espetacular mostra a física da cesta de três pontos



MATÉRIA APRESENTADA PELO ESPORTE ESPETACULAR (TV GLOBO)

Nos anos oitenta surgiu uma nova regra no jogo de basquete: uma bola lançada e convertida apropriadamente à distancias superiores a 6.75m da cesta valeria três pontos, desde então, quando isso acontece durante uma partida é motivo de alegria, pois não é nada trivial conseguir tal façanha.  Foi justamente com uma cesta desta que definiu o vencedor no estouro do cronômetro na última quinta-feira, terminando a partida com o placar de 92 a 89 para o Pinheiros sobre o Brasília.   A comemoração foi ainda maior pelo fato do time paulista ter quebrado a invencibilidade do adversário após 16 vitórias consecutivas!

Assim, é natural o interesse em se entender, sob o ponto de vista físico, quais as grandezas fundamentais que descrevem o movimento da bola ao realizar a cesta de três pontos. Por esse motivo eu fui convidada a participar do Esporte Espetacular que foi ao ar no dia 31 de março de 2013, na rede Globo.

Nada mágico, é apenas um movimento parabólico, onde as grandezas fundamentais são o ângulo de lançamento e a velocidade de partida da bola.  O que há de novo é correlacionar estas grandezas com a força que o jogador precisa fazer no momento do lançamento. A força será menor quão mais ele consiga lançar a bola num ângulo próximo de 45º, se considerada a distancia fixa. Desse modo, o atleta se desgastará menos, e restará mais energia para os próximos lances.
Abaixo posto o vídeo do Esporte Espetacular para vocês darem uma olhada!   


domingo, 31 de março de 2013

Desafio Mano a Mano 150m


          
O Rio de Janeiro viveu mais uma manhã de graça neste domingo de Páscoa.  As areias da
praia do Leme estavam lotada para assistir o evento intitulado Mano a Mano, que foi patrocinado pela Caixa Econômica e Sesi. A euforia vinha por conta da espera do super campeão de atletismo Usain Bolt para corrida dos 150m.   Bolt correu contra mais três atletas olímpicos e  ganhou com folga a prova com o tempo de 14,42s.  Eu que estava lá, muito bem posicionada, suspeitei que ele deu uma desacelerada propositalmente quase no final da prova, o que influenciou a não quebra do seu próprio recorde (14,35s).    Além desta, tiveram outras duas provas de 150m nas categorias feminina e paraolímpico masculino T44.


           Por vários motivos, fiquei surpresa com a prova de Alan Fonteles contra Jerome Singleton, quando o brasileiro o venceu em 15,68s.  Primeiramente, pelo improvável equilíbrio que Fonteles consegue em suas longas próteses de corrida.  Depois por tomar conhecimento que seu adversário, além de ter vários títulos em provas de corrida também conquistou na área científica os títulos de Bacharelado em Matemática e Física Aplicada, e atua como pesquisador na Nasa e no Cern.   E mais do que tudo, por Alan ter desempenhado um perfil de corrida de velocidade em função da distancia totalmente diferente dos atletas olímpicos e para-olímpicos, assim como, aqueles previstos pelas teorias vigentes (Teoria de Keller e Teoria de Tibishirani).   O americano se manteve com ampla vantagem até os 70m da prova, quando então, seu adversário imprimiu uma aceleração tal que o passou e o deixou para traz em continua velocidade crescente.  Incrível!  Nenhum corredor, que eu tenha visto consegue aumentar tanto a velocidade assim no final da prova, ao contrário, em média, nos últimos metros, suas velocidades tendem a diminuir por não aguentarem o forte ritmo.

             A organização do evento foi ótima e o público se comportou de modo exemplar. Foi um domingo de muito sol com a bela presença de um raio, sem trovoada ou tempestade!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A boa visão potencializa a prática dos esportes



Não somente os esportes relacionados a boa pontaria, como o arco e flecha, tiro ao alvo dependem  de uma boa visão para sua prática.  Um praticante de ciclismo ou motocross precisa estar com os olhos “bem atentos” para fugir dos buracos,  poças de óleos, objetos perfurantes ou qualquer obstáculo que possa tornar seu caminho indesejável, impedindo-o de completá-lo.  Os defeitos de visão devem ser compreendidos, identificados  e corrigidos adequadamente através de visitas ao oftalmologista.  Como também, para aqueles atletas que tem a visão perfeita, mas que praticam esportes ao ar livre – vôlei de praia, frescobol, entre outros – precisam saber fazer uma boa escolha dos seus óculos escuros com proteção aos raios ultra-violeta. 
Compreender o espectro eletromagnético e os mecanismos da visão humana potencializa a prática dos esportes.

Abaixo indico alguns sites que ajudam a esclarecer este assunto:  
1)Olho Humano
2)Programa Bem Estar (muito bom)
3)Cálculo da vergência da lente (didático)
4) Astigmatismo
5)Cirurgia de visão
http://www.youtube.com/watch?v=BhCGBXTfxYI&NR=1&feature=endscreen

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Giros aéreos no skate: baixinhos se dão bem



Participei desta matéria que foi apresentada no Jornal Nacional no dia 2/2/2013, e no Esporte Espetacular no dia 3/2/2013, ambos programas da Rede Globo.


Em virtude do Campeonato Mundial de Skate Vertical está sendo realizado aqui no Rio de Janeiro, a equipe do Jornal Nacional me contactou para explicar fisicamente o comentário feito pelo super campeão de skate Bob B.; que os skatistas baixinhos teriam vantagem sobre os altos neste esporte.

Fiquei feliz porque minha participação não se resumiu aos 15 segundos de comentários, pude dar diversas sugestões para as imagens e animação da matéria, de modo a tornar mais claro o conceito de velocidade angular, foco da discussão, que responde a afirmação do skatista.

VALE CONFERIR




Lorena (produtora do JN), eu (física) e Carol Barcellos (entrevistadora)



sábado, 26 de janeiro de 2013

Diferenças ente o futebol de campo e areia

Matéria apresentada no Esporte Espetacular da rede Globo no dia 20 janeiro de 2013.


Médicos, fisiologistas e professores de educação física acompanham jogo da seleção brasileira em praia do RJ, com testes de sangue, resistência e GPS


Eles vivem à beira do mar, com os pés descalços na areia, usam trajes confortáveis e jogam futebol. É difícil imaginar um ambiente mais agradável para ser chamado de local de trabalho. Só que essa situação privilegiada também contribui para alimentar a ideia de que os jogadores da praia têm uma vida fácil ou que o esporte não exije tanto esforço. 

Um pensamento comum é de que a areia ainda é um destino para os atletas que já não aguentam a rotina de treinamentos do futebol de campo. Mas a conclusão de que este é um espaço para quem não está mais em forma já está defasada. Para entender melhor esse universo, o Esporte Espetacular convidou especialistas para comparar as capacidades físicas dos atletas da areia e do campo.
- Esse espectro do jogador velho, acabado, isso está totalmente defasado. Não existe mais na prática. Ele não é um aposentado do campo que já não tinha mais condições e foi fazer um lazer. Esse pessoal tem uma condição física muito privilegiada - disse o médico Claudio Gill.
Se nos gramados, os jogadores são frequentemente estudados por clubes, seleções e universidades, na areia, a informação ainda é escassa. Fisiologistas e professores de educação física acompanharam um jogo da seleção brasileira de futebol de areia para mapear as exigências desse esporte.
O primeiro teste realizado, o antropométrico, avaliou as medidas dos corpos dos praticantes. E o resultado apontou que os percentuais de gordura corporal dos jogadores de areia muito mais próximos aos encontrados no futebol de campo: 10,7% para os que atuam na praia contra 10,5% gastos pelos atletas dos gramados.
Na segunda análise, foram posicionadas duas células fotoelétricas no chão, conectadas a um computador. O cálculo para avaliar a altura do salto e a resistência da musculatura não teve diferenças significativas. A potência e a resistência da perna de um jogador de futebol de areia é equivalente ao dos atletas dos gramados.
- Na areia, a gente força muito sua musculatura, exige mais do músculo. Muita potência e muita força. E como estamos no início de temporada, esse desgaste é ainda maior. Você não para como no futebol de campo.

Durante uma partida, com o auxílio da tecnologia, os estudos detectaram exatamente o que acontece no corpo dos atletas em ação. Com monitores cardíacos, associados a um relógio, é possível verificar como o coração do atleta se comporta durante o jogo. A medição ainda conta com um acessória com sistema de GPS (sistema de posicionamento global). Os receptores de sinais de alta frequência para satélite, determinando a posição exata do jogador dentro de quadra. Assim, o estudos desvendam a distância e a velocidade atingidas. 
Diferenças ente o futebol de campo e areia
Bruno Xavier em ação no jogo-treino da seleção
contra o Flamengo (Foto: Rodrigo Molina)
Nos gramados, um jogador percorre em média 10km por partida. Na areia, ele se desloca menos, no máximo 4km, contudo, com uma intensidade muito mais alta.

- Embora a distância percorrida seja menor, as velocidades de pico são maiores. Ele frequentemente está correndo muito forte. Enquanto no futebol de campo raramente se corre muito forte - destaca o médico.
Se no campo, o atleta anda cerca de 3km, ele passa outros três correndo devagar. Em alta velocidade, acima de 21km/h, corre 1km. Na areia, por sua vez,ele fica em ação o tempo todo, alcançando piques de até 25km.

- Nosso campo é menor, se você der espaço, eles vão fazer o gol. O jogador tem que tirar o perigo rápido, por isso, aperta mais na velocidade. É muita dor na perna, muito cansaço - afirma Bruno Xavier.
A área de uma quadra na praia tem 42m de comprimento e 30m de largura, menos da metade das dimensões dos campos de futebol, com 120m de comprimento e 90m de largura. Correr na areia, no entanto, é bem mais difícil.
- Na areia, a gente corre na ponta do pé. Então, força muito a panturrilha. No campo, já rola aquela passada pisando com todo o pé - analisa Sidney.
A grande diferença são os piques curtos, a intensidade no futebol de areia é maior"
Gustavo, fisiologista
Outra diferença diz respeito aos batimentos cardíacos. No campo, os jogadores passam a maior parte do tempo entre 130 e 150 batidas por minuto, ao contrário da areia, onde o coração dos atletas atuam em uma frequência maior, de 150 a 170 batimentos.
- A grande diferença são os piques curtos, a intensidade no futebol de areia é maior - destaca o fisiologista Gustavo.

Um detalhe importante é o desgaste física que cada atividade provoca. Os atletas gastam energia jogando, e os seus músculos acumulam um resíduo desse esforço físico, o ácido lático. Com pequenas amostras de sangue retiradas do dedo dos jogadores é possível monitorar essa substância. Quanto maior a quantidade de ácido, maior é o cansaço. Nas medições realizadas, foi comprovado que os atletas da areia apresentam uma concentração maior do que os de campo, o que afeta o seu desempenho.
- Se o indivíduo começa a produzir ácido lático, provavelmente a coordenação motora dele é prejudicada. E ele começa a errar mais, a ter mais dificuldade no jogo - aponta Claudio Gill.

É por isso que a regra do futebol de areia não impõe limite para as substituições: o atleta sai quando está esgotado, se recupera e pode retornar.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Os mãos pesadas da Super Liga de Volei


Matéria apresentada no Esporte Espetacular no dia 13 de janeiro 2013.


O Esporte Espetacular analisou a cortada dos atletas da competição de vôlei e chegou a conclusão que esses três têm as pancadas mais forte da liga.

Eles são rápidos, tem a mão pesada, batem forte e deixam os braços dos adversários doloridos. Não, eles não praticam nenhuma luta. Eles batem muito, na bola. Eles são os ‘pancadões’ da Superliga de Vôlei. Entre os homens, Lucão, do Rio de Janeiro, foi eleito o que tem a munheca mais pesada. 


Já no feminino, teve empate entre Herrera, do Praia Clube, e Natália , do Rio de Janeiro. Para chegar aos campeões, o Esporte Espetacular ouviu treinadores, atletas e até um cientista.
O título da mão mais poderosa da competição foi disputado entre os 317 de atletas, dos doze times no masculino e dez no feminino.

O físico Renato Cardoso, da Universidade Federal Fluminense, foi convocado para avaliar os ataques da primeira fase do campeonato. Ele mediu a altura da bola no instante da cortada, a distância percorrida pela bola até bater na quadra e o tempo que levou para tocar o chão. Levou-se em conta ainda o peso da bola, 270 g.

“ Vou matar uma do outro lado (risos). É isso que tento fazer", (Natália).
Depois de ver, rever e fazer muitas contas, a conclusão foi: Natália sobe e bate na bola a uma altura de 2,80 m, com velocidade média de 96 km/h e a bola percorre 9 m até tocar o chão. Já Herrera bate a uma altura um pouco maior, 2,90 m, mas velocidade média é a mesma e o alcance da bola também. Empate!

- Na cortada, tanto a Natália quanto a Herrera aplicaram a força de 357 Newton. Bem pesado, é um soco desgraçado – explicou o físico.
Isso significa que a pancada delas chega a 35 kg!

A líbero Arlene, do clube de Herrera, sabe bem a potência do ataque da companheira de time.
- Bato bola com ela e de vez em quando saio com o braço roxo.
E qual é a motivação para Natália bater tão forte assim?

- Vou matar uma do outro lado (risos). É isso que tento fazer – brincou Natália.
No masculino, o técnico Bernardinho diz que é preciso ter força e controle.
- É preciso que você combine as duas coisas, aí, realmente, você tem uma combinação explosiva.

Após muitas análises, o cientista apresentou os números do grande campeão, Lucão: sobre 3,30 m, faz a bola chegar a uma velocidade média de 101 km/h em 6 m até o solo. Uma pancada dele chega a 43 kg. O que fazer diante de um jogador como esse?
- Aí, meu amigo, é só rezar e proteger os dedos para não perder nada – brinca o levantador Bruninho .

domingo, 13 de janeiro de 2013

Kyrillos é campeão no Motocross Freestyle 2013


Na sua sétima edição, Fred Kyrillos foi o campeão da Copa Brasil de Motocross Freestyle de 2013, disputada na Hípica do Rio de Janeiro.  Na competição mais importante do país desta modalidade, Kyrillos apresentou um número grande de manobras e conseguiu superar o hexacampeão, Joaninha.

Na quinta-feira passada, antes da competição, estive batendo um papo informal com o Kyrillos (veja foto) e pude perceber o quanto este esporte tem de física!

Falamos da arquitetura das rampas de decolagem e aterrissagem, da distancia necessária entre as duas, da suas curvaturas e alturas, da velocidade e ângulo de partida que a moto faz no momento em que perde o contato com a rampa, do tipo de equipamento e seus respectivos materiais que são usados para proteção do atleta, entre outras tantas informações. 
Realmente foi super interessante!
Na verdade, eu estava na Hípica a pedido da Rede Globo, a matéria que gravamos teve como objetivo usar o fato que a competição iria ocorrer no local de salto de cavalos com a unidade física cavalo-vapor (cv). Esta unidade é utilizada para identificar as potencias de motocicletas, que em inglês é traduzida como horse-power, o vulgo hp.  Mas, lamentavelmente esta matéria não foi ao ar, porque no dia seguinte, o piloto Zoio teve um gravíssimo acidente, com traumatismo craniano e foi operado de emergência, sendo assim, não havia clima para brincadeiras e trocadilhos.

Enfim, foi como eu encerrei a minha participação na entrevista, dizendo:
A física básica explica e descreve os movimentos executados pelos pilotos de um ponto de vista das forcas externas que atuam no centro de massa do piloto-moto, entretanto, este modelo é muito simplista para este esporte; porque as forças executadas pelo piloto sobre a moto (não consideradas) é que definirão as manobras e acrobacias no ar.  Deste modo, qualquer pequeno erro, poderá acarretar sérias conseqüências.

Já ia esquecendo:
O cavalo-vapor foi uma unidade que surgiu na Inglaterra no início do século XIX, quando as máquinas a vapor começaram a substituir o trabalho dos cavalos. Então, nada mais razoável que comparar o trabalho dessas novas máquinas com o trabalho dos cavalos. Assim, ficou estabelecido que um cavalo-vapor equivale ao trabalho realizado por um cavalo para erguer um peso de 75kg, a altura de 1m, em apenas 1s. 
Como a moto do Kyrillos tem 53cv, esta é capaz de erguer 4 toneladas, a altura de 1m, em apenas 1s .  Que potência !!!