Um grupo de estudantes de Engenharia Ambiental de Minas Gerais
desenvolveu um projeto capaz de transformar o barulho que as torcidas fazem nos
estádios em energia elétrica, sem causar impactos ambientais.
A
energia proveniente do som das arquibancadas seria captada por receptores
revestidos por uma manta, que vibraria ao entrar em contato com as ondas
sonoras, gerando eletricidade. Através dos próprios receptores, a energia
elétrica sairia para alimentar diversos setores dos estádios, como corredores e
banheiros.
O som é uma variação de pressão sonora, isso provoca uma
variação da temperatura no local quando da passagem da onda sonora. Pensando
nessa variação de temperatura, que é ínfima em condições normais, já existe
tecnologia para criar compressores termoacústicos
para uso em sistemas de refrigeração. Essa
tecnologia também é estudada aqui no Brasil na Universidade Federal de Santa
Catarina.
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Você pode abastecer um celular sem a necessidade de ter uma tomada à disposição
– explica o professor de Engenharia Carlos Barreira Martinez.
De
acordo com o projeto, o nível de ruído necessário para produzir energia é entre
90 e 100 decibéis. A medição do barulho feito por 15 mil torcedores no estádio
Independência, cuja capacidade é de 23 mil, atingiu a média esperada.
Uma
das ideias dos estudantes é estimular a produção de eletricidade ao usar
painéis mostrando qual torcida é a mais animada durantes as partidas. Os
estudantes estão em busca de verba para financiar a construção do protótipo e
colocar o projeto em prática. Eles acreditam que a ideia poderia ser utilizada
nos estádios que vão receber os jogos da Copa do Mundo de 2014.
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