No domingo, dia 30/03/2014, aconteceu um
clássico do futebol carioca, Vasco e Fluminense. Torcidas apaixonadas compareceram a semifinal
do campeonato estadual do Rio de Janeiro. O jogo terminou com 1 a 0 para o
Vasco, e um gol anulado do atacante Fred do Fluminense. Este resultado levantou várias dúvidas sobre
o real impedimento que veio a anular o único gol do Flu. Correndo apenas na lateral do campo, o
desafio do bandeirinha (árbitro auxiliar) é observar dois acontecimentos
simultâneos para marcar o impedimento.
Ao mesmo tempo, que ele observa o lançamento da bola, ele tem que registrar
se o jogador que recebe a pelota está a frente dos jogadores do time
adversário. Dependendo da onde a bola
foi lançada fica muito difícil este árbitro registrar o impedimento.
Recentemente, foi publicado um estudo onde
apresenta um experimento super simples, que é capaz de cronometrar o tempo que o
árbitro leva para movimentar a cabeça de um lado para o outro, a fim de
observar um possível impedimento.Acopla-se uma régua na parte superior de um
boné que é posto na cabeça de um voluntário, em seguida a régua fica
posicionada entre dois fotossesores (sensores a luz). Ao girar a cabeça para um
dos lados, a régua ativa um dos fotossensores causando o disparo do cronômetro,
e para o outro lado desliga-o via o segundo fotossensor. Foi medido que o intervalo de tempo que o
bandeirinha faz este movimento é de 0,40s a 0,85s (centésimos de segundo). Concluindo-se que é impossível a marcação de
impedimentos nos jogos de futebol somente com a visão humana, pois é essencial
a observação de dois acontecimentos simultâneos. A utilização de câmeras de
filmar para fins de julgamento ao longo do jogo permitiria este detalhamento,
tirando qualquer dúvida a respeito de impedimentos. Quem sabe assim, o jogo deste final de semana não teria tido um desfecho
diferente para alegria dos “pó de arroz” ?
Matéria postada por Luiz Felipe (conhecido como Pequeno) do Instituto de Física da UERJ.
Muito interessante esse experimento.
ResponderExcluirEm pleno século XXI, não entendo o porquê da ausência de tecnologia em tais casos. Os resultados seriam muito mais justos e imparciais se as decisões - não só de impedimentos, mas de faltas, pênaltis, etc - fossem tomadas ao analisar vídeos de vários ângulos.
Esse experimento só evidência o que era óbvio, por mais que nossa "massa cinzenta" seja eficaz, esta não é capaz - em dois pontos diferentes - de dar um tempo-resposta necessário, nesse caso. Felizmente, atualmente, há câmeras poderosíssimas capazes de preencher essa "incapacidade" humana, capturar imagens, videos precisos; podendo analisa-los de diferentes ângulos, velocidades e até mesmo congelar a gravação em qualquer momento. Portanto, permite-se um melhor e mais justo julgamento.
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