Esporte, ciência e tecnologia sempre andaram juntos; entretanto,
perceber as novidades nem sempre é fácil, especialmente, pelos torcedores,
quando o mais importante é a vitória do
time do coração.
Aproveitando a proximidade da Copa do Mundo de Futebol, a Revista INFO do mês de maio traz uma matéria interessante sobre a evolução tecnológica dos diversos aspectos que compõe este esporte. Os avanços estão desde a bola, chuteiras, camisas, arbitragem, tecnologia dos estádios e preparação física dos atletas, e principalmente a evolução na transmissão dos jogos nos meios de comunicação. Aqui, farei um breve resumo de alguns tópicos que achei mais interessante, a começar pela evolução do uniforme dos jogadores.
Nem eu sabia, mas a camisa do uniforme oficial do Brasil nem
sempre foi amarela, na primeira participação na copa de 1914 à de 1950, ela era
branca com cola azul e feita de algodão.
Pesava 400gr e quando encharcada por suor chegava a 450gr. Outro aspecto negativo era que devido a reter
grande umidade, a temperatura entre o corpo do atleta e a camisa, abaixava chegando
a 24º C, provocando calafrios. Após tentativas
de fabricação com outros materiais, a camisa que será utilizada neste mundial é
de dry fit, material feito a partir
da reciclagem de garrafas pets, usa cola no lugar da costura, e pesa apenas
134gr. Este material deixa o corpo ventilar, não retêm suor e mantêm a
temperatura do atleta entorno dos 30ºC. Os árbitros não foram esquecidos, passaram a
usar blusas amarelas de manga curta, deixando no passado o aspecto sisudo dos
uniformes pesados e totalmente pretos.
Alguns dispositivos eletrônicos entraram em campo, com a
promessa de reduzir injustiças da arbitragem. Quatorze câmeras são colocadas ao redor das
traves de gol, e interconectadas a computadores, que fazem leitura da posição da
bola 30 vezes mais rápido do que o olho humano. Caso a bola ultrapasse a linha
do gol em poucos milímetros, um sinal é enviado para o relógio de pulso do juiz,
que então pode validar o gol com maior respaldo.
Usando solfwares apropriados, hoje em dia é possível saber
que um jogador de futebol corre em média 10,8km durante 90min, enquanto que em
1966, quando começou a era da preparação física, eles corriam apenas 6km por
partida.
Creio que na nossa Copa, muitas novidades no campo da tecnologia ainda
irão nos surpreender; é o bom ficarmos de olho para não perdermos nenhum lance!