Tênis de mesa e o coeficiente de restituição
- Nesse Pan-americano 2015, vimos o Brasil dominar o tênis de mesa
masculino conquistando ouro no jogo de duplas,
e nas disputas individuais ocupou o pódio nas três posições. Entretanto, o brilho
maior ficou para Hugo Calderano, que quebrou o domínio
dos chineses naturalizados que defendiam outras seleções, sendo o primeiro não
chinês a ser campeão nesta modalidade em 20 anos de Pan.
- A final entre Hugo
Calderano e Gustavo Tsuboi foi bem acirrada no começo, até o ultimo set quando o
brasileiro dominou seu compatriota por 11 a 2. O campeão na maior parte do tempo adotou um
estilo ofensivo, proporcionando “rachas” onde Gustavo se limitava a se defender.
Para quem assistia ao jogo se perguntava: Como é possível o jogador defender
cortadas incrivelmente rápidas sem lançar a bola para fora da mesa?
- Em trabalho publicado
por um pesquisador australiano, ele mostrou que o coeficiente de restituição, que
é a razão entre a velocidade de aproximação e a velocidade de retorno da bola de
tênis de mesa, é menor do que 1 (um); o que significa dizer que a velocidade de
retorno é sempre menor do que a de aproximação.
- Outro aspecto que faz com que a velocidade de
retorno da bola durante uma partida de tênis seja menor, é o fato da raquete oficial ser coberta em um dos lados por
borracha, amortecendo assim, o impacto durante o choque. Assim a bolinha nunca retornará com a mesma
velocidade que se choca na raquete, isto só seria possível se o receptor desse
um impulso na bola durante o impacto, compensando as perdas energéticas.
- Foi por isso que nosso campeão
tomou logo a dianteira do jogo e atacou para não ser atacado!
- Matéria escrita por Antonio Henrique, aluno do Instituto de Física da UERJ.
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