A
despedida das pistas por Usain Bolt foi marcada por um roteiro que
jamais alguém iria prever. O velocista jamaicano, aos 30 anos, em
boa forma física, resolve encerrar sua brilhante carreira no Mundial
de Londres 2017.
Ganhou
o apelido de “Raio” em função das inúmeras vitórias
conquistadas. Foram 9 ouros em Olimpíadas e 11 ouros em Mundiais, de
2009 a 2016.
Difícil
relatar o frenesi que Bolt produzia no público ao entrar nas
pistas! Irreverente, descontraído e altamente confiante!
Proporcionou a visibilidade de seu país, a Jamaica, por onde
competia. Em todas as provas que participou, lá estava ele, no mais
alto degrau, sempre a frente dos outros competidores. Tudo acontecia
em breves instantes, detentor dos recordes mundiais dos 100m, 200m e
4x100m, com exíguos 9.58s, 19.19s e 36.84s. Marcas até hoje
imbatíveis!
O
único atleta que poderia destronar Bolt neste Mundial seria o
americano Colleman, já que detinha as melhores marcas de 2017. Mas,
poucos apostavam nisso! Nas baterias eliminatórias dos 100m rasos,
eles foram uns dos poucos atletas que obtiveram tempos abaixo de 10s,
ambos correndo com vento a favor (0,4m/s), Bolt obteve 9,98s,
enquanto Colleman 9,97s.
Tudo
parecia se encaminhar para o desfecho conhecido, saída lenta devido
sua grande massa corporal distribuídos em 1.95m altura, e
recuperação nos últimos 60m da corrida. Entretanto, és que surge
um personagem inesperado, seu antigo rival, Justin Gatlin, americano
que foi severamente banido das competições por quatro anos por
dopping.
Carta
fora do baralho, este ex campeão Mundial de 2005, cultivava o sonho
de vencer o Raio, e magicamente conseguiu na última
oportunidade. Venceu com apenas um centésimo de segundo a frente de
Colleman e três de Bolt. Pela primeira vez, vimos Bolt perder a
liderança, entretanto, sua nobreza deu lugar ao perdão e redenção
de Gatlin (9,92s), vistos em sua fala ao pé do ouvido do atleta.
Novas
apostas surgiram para prova de 4x100m dias depois. A Jamaica não
era o time favorito, mas com Bolt sendo o último homem a fechar a
corrida, as chances aumentavam muito.
Ele entrou diferente, sem sua
costumeira alegria contagiante, e o inacreditável aconteceu, após
uns trinta metros da sua corrida, o gigante caiu na pista, como nunca
havia acontecido, com lesão na perna esquerda, e saiu socorrido
pelos companheiros. O Raio mostra sua humanidade, encerra
assim seu reinado, e entra para história do atletismo como uma
Lenda.
Encerro
esta postagem com certa melancolia, porque após estudar por várias
vezes suas marcas e aplicá-las ao modelo de Keller, percebo que a
relação entre a Física e as corridas não será tão motivadora!
Minha homenagem a este gigante vai no slogan que criei para o
meu projeto Física dos Esportes:
Encerro esta postagem com certa melancolia, porque após estudar por várias vezes suas marcas e aplicá-las ao modelo de Keller, percebo que a relação entre a Física e as corridas não será tão motivadora! Minha homenagem a este gigante vai no slogan que criei para o meu projeto Física dos Esportes: