O Brasil
estreou na Copa da Rússia contra o time da Suíça. Time este, que a princípio, não intimidava
nosso brasão de cinco estrelas.
Dia
bonito, com sol e temperatura agradável, o time brasileiro fazia uma partida
mediana, e com insistentes quedas exageradas do nosso principal jogador, Neymar.
Nosso time
volta após o intervalo mais dinâmico, atacando mais e fazendo a devida triangulação
entre seus principais atacantes. Até que em uma linda jogada individual, Phillipe
Coutinho chuta a bola com um efeito incrível, que a faz descrever no ar uma
inesperada curva para esquerda até acertar o canto direito do goleiro adversário. Goooollllll,
gooollll, golaço!
Coutinho,
com sua técnica aprimorada, ao chutar a bola com o pé direito imprime uma giro no sentindo anti-horário. Com
a bola em vôo as forças que passam a atuar sobre a ela são: Gravitacional, Arrasto, e Magnus. Estas duas últimas surgem devido a presença da
atmosfera, que tem densidade e viscosidade específicas.
A força de Arrasto tem o papel de frear a
bola, e portanto, tem mesma direção, mas sentido oposto da velocidade de
translação da bola. Já a força Magnus
surge como consequência da rotação da bola, e faz a bola ser desviada
continuamente numa direção perpendicular tanto a direção de deslocamento da
bola, quanto do vetor da velocidade angular (velocidade de giro). E a força gravitacional puxa a bola para baixo
o tempo todo.
Após o
lançamento, a bola voa girando em uma
trajetória parabólica, não mais contida no plano geométrico perpendicular ao
solo, mas agora, contida num plano que faz certa inclinação com o chão. Dito de outra forma, a sombra da bola sobre o gramado,
quando em movimento, passa a descrever uma curva para esquerda, e não mais em
linha reta.
Assim, a rotação
da bola em vôo provoca diferença de pressão do ar entre suas laterais, surgindo,
então, uma força -Magnus- que a puxará continuamente para o lado de menor
pressão. No caso do
gol do Coutinho, a bola foi continuamente puxada para o lado esquerdo, tanto no
movimento ascendente, quanto no descendente, até encontrar o gol. Caso ele não
tivesse posto este efeito, tivesse batido de "chapa" certamente a
bola seguiria sua clássica trajetória parabólica em linha reta e provavelmente
passaria por fora da trave do gol.
De modo
geral, existe quatro maneira de dar efeito na bola num chute, girando-a de
baixo para cima (a bola ficará menos tempo em vôo), de cima para baixo (aumentará a trajetória gerando um efeito de sustentação), no sentido anti -horário (desviada para
esquerda), sentido horário (a bola será desvia para direita).
Como
no futebol, o Efeito Magnus se faz presente em outros esportes com bola, e
quanto mais rugosa a superfície da bola for, mais proeminente este efeito será
visualizado. Mas, não pensem que é fácil
fazer este tipo de jogada, somente os craques são capazes de ter tamanho
domínio sobre o esporte e nos brindar com lances incríveis!