Quando criei este blog, decidi que ele não seria do tipo que descreve os acontecimentos ocorridos pelo autor, e sim resultado de uma reflexão de conteúdos científicos contextualizados no dia a dia dos diversos esportes. Mas, hoje me permito quebrar esta regra, e contar o que vi nesta manhã de pouco sol, na praia do Leme, no RJ. Fui brindada ao esbarrar ocasionalmente com o treino do consagrado jogador de vôlei Emanuel e seu recente parceiro Alison Cerutti, atuais detentores da medalha de ouro do Mundial de Vôlei 2011, ocorrido em Roma.
Emanuel é um dos maiores atletas desta modalidade, nem tanto pela sua altura de apenas 1.90m (para o vôlei, considerada estatura mediana), mas sim no que se refere às inúmeras vitórias e títulos ao longo de sua carreira. Ele é tricampeão Mundial (2011, 2003, 1999), campeão olímpico em Atenas (2004), bronze em Pequim (2008). Foi escolhido como o Atleta da Última Década do Século na votação patrocinada pela Federaçao Internacional de Volei (FIVB), e atualmente é o maior vencedor do Circuito Mundial de Vôlei de Praia. Calculem a minha emoção ao me dar conta que eu era a única pessoa que constituia a platéia naquele momento mágico!
As jogadas são exaustivamente repetidas, saques, levantadas, cortadas, sequências com combinações dos fundamentos, entre outros. Como não poderia deixar de falar de física, pude perceber o recurso do levantamento via manchete, possibilitando o atacante ganhar mais tempo, vencer a dificuldade de deslocamento na areia por conta do grande atrito, e alcançar a bola. Diferentemente do volei de quadra quando o levantamento é feito com o movimento chamado “toque”, no levantamento via manchete a bola ganha um movimento muito mais verticalizado, ou seja, a componente da velocidade da bola na vertical é bem maior do que a da horizontal. De modo que a técnica de recepção do atacante também é diferente daquela do volei de quadra, e creio eu, um pouquinho mais difícil.
Lamentei não ter levado meu celular para filmar o que vi !
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