segunda-feira, 16 de abril de 2012

Aos meus alunos do curso de Física para Biologia

Esta postagem é destinada aos meus alunos do curso de Complementos de Física para a Biologia, UERJ 2012/1.

A ideia principal, é que vocês percebam a importância do aprendizado de conteúdos de física na suas vidas futuras como professores de ciências, mas também é importante desde cedo, conhecer os possíveis caminhos, além muros universitários, que os tornarão profissionais da educação.
Como vocês haviam me solicitado, indico para leitura duas provas aplicadas em concursos para seleção de professores de Ciências. 
Não consegui postar as provas aqui, porque estão em formato pdf e o blog não aceita. Mas, estas provas podem ser baixadas facilmente pelo google na internet.
1) Prova para concurso público para professor de Ciências Naturais, ano 2005, Prefeitura de Teresópolis.  As questões de física são: 23, 24, 25 e 26.
2)Prova para concurso público para professor de Ciências , ano 2010, SEPLAG. As questões de física são: 28, 34, 39 e 48.

Qualquer dúvida nas respostas das questões, podem fazer no link de comentários desta postagem que eu responderei.

                                                                 Abraços, Rosana

domingo, 1 de abril de 2012

Uma aula prática de física via corrida


Com intuito de ensinar os conceitos de velocidade instantânea e média para a turma de licenciatura em Biologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), realizei uma aula prática nas calçadas do nosso campi no Maracanã. 
A idéia principal foi montar uma corrida de curta distancia com os alunos, onde eles mesmos mediram o comprimento da pista e registraram os intervalos de tempo com os cronômetros dos seus celulares.  Logo após a aquisição de dados partiram para os cálculos das velocidades, responderam algumas perguntas e compararam suas velocidades com as dos corredores olímpicos, e assim, puderam de fato perceber o quanto nossos ídolos são rápidos. s corredores olimp, respondiam algumas perguntas e comparavam suas velocidades com as dos nossos i



Embora futuros professores de biologia e de ciências, estes jovens terão que ministrar aulas de física no último ano do ensino fundamental, quando a disciplina de ciências consiste em química e física. Com esta atividade foi possível mostrar que para aprender física não basta ficar somente na teoria, principalmente quando esta prioriza a decoba de fórmulas matemáticas.  É necessário aulas práticas, realidade pouco encontrada na maioria dos colégios. Mais do que isso, com um pouco de imaginação é possível produzir experimentos com ferramentas de fácil acesso, tais como as utilizadas aqui, transcendendo a simples observação do fenômeno para a inclusão de aquisição de dados.   Ficam aqui os registros desta aula,  esperando que os Esportes tenham inspirados a turma para o aprendizado de Física.

Mauro Silva e o acréscimo da distancia devido a queda do centro de massa


Quem acompanhou o mundial de atletismo indoor, realizado em Istambul, na Turquia, entre os dias 9 e 11 de março, teve uma grande surpresa. Mauro Vinícius da Silva, paulista de 26 anos, conseguiu a expressiva marca de 8,23 m na final da competição, o que lhe valeu a medalha de ouro no salto em distância.

A modalidade salto em distância pode ser analisada na física como um lançamento de projétil do centro de massa do atleta. Esse estudo, entretanto, possui uma peculiaridade. O centro de massa (CM) no início do salto encontra-se na altura da cintura do atleta, entorno de 60cm de altura do chão, enquanto que na aterrissagem ele se localiza no chão devido a queda. Com isso, além do tempo necessário para o CM do praticante desenvolver o movimento parabólico habitual, existe um acréscimo de tempo, responsável pela sua queda. Essa pequena contribuição é de grande importância, porque leva a um bom aumento da distância do salto. Cientes disso, os atletas costumam aterrissar inclinados para o lado, de modo a aumentar o tempo que o CM leva para atingir a caixa de areia.


Para efeito de ilustração da contribuição do espaço relativo ao tempo de queda do CM, consideremos o exemplo de nosso medalista: Supondo que Mauro iniciou o salto com velocidade horizontal de 9,74 m/s, quando o CM dele atingiu  novamente a altura de 60cm em relação ao solo, ele teria saltado 6,82m.  O tempo que o CM levou até cair no chão teria sido de 0,145s, o que corresponderia a uma distância adicional de 1,41m. Correspondendo a distancia total do salto de 8,23m.

Observe que o aumento do tempo de vôo do salto em apenas 0,001s representa 1cm a mais no alcance do salto. Parece pouco, mas, foi diferença que separou o brasileiro do terceiro colocado no mundial indoor de atletismo de 2012. Em um esporte onde Maurren Maggi era a única referência do Brasil, Mauro passa a ser uma grande esperança de medalha na próxima Olimpíada de Londres.
O link abaixo mostra o salto do Mauro Silva que lhe rendeu a medalha de ouro:
http://www.youtube.com/watch?v=YnhO9Gfsn8I

Esta matéria foi escrita por Cleovan José da Silva, aluno de Licenciatura em Física da UERJ.