No último dia 24 de maio, o
atleta de lançamento de disco Ronald Julião confirmou a sua participação em Londres,
ao obter a marca de 65,41m no GP do Rio de Janeiro. É importante notar que o Brasil não tinha representantes
nesta modalidade de atletismo há quatro edições dos jogos olímpicos. Também, na
prova feminina, a atleta Andressa Oliveira garantiu sua presença, quando alcançou
a marca de 62,63m.
O lançamento de
disco é um dos esportes olímpicos mais tradicionais, fazendo parte do
calendário desde os primeiros jogos no final do século XIX. Este esporte avalia
a força e potência do atleta, além de sua técnica. Incrívelmente, o recorde
masculino desta modalidade não é batido há vinte e seis anos, quando o
alemão Jürgen Schult cravou 74,08m. Na física o estudo do
lançamento de disco pode ser modelado como um lançamento oblíquo, ou seja, uma composição
de dois movimentos; na direção vertical desenvolve o movimento uniformemente variado
(cuja aceleração é a gravitacional), e na direção horizontal o movimento é
retilíneo uniforme, onde a velocidade é constante.
Os dados apontam que os melhores atletas lançam o disco a ângulos
próximos a 30º. Supondo que Julião fez seu lançamento classificatório sob este ângulo,
é possível calcular a velocidade inicial do seu disco: aproximadamente
de 27,2 m/s. É importante notar que esta velocidade é conseqüência do movimento
giroscópico do atleta com o disco que antecede ao lançamento do mesmo. Sendo assim, quão mais rápido ele girar entorno de si mesmo,
maior será a velocidade inicial do disco, o que prolongará a viagem do mesmo até o
ponto de queda.
O link abaixo mostra um lançamento de disco feito por Ronald Julião:
Esta matéria foi postada por André Barbosa, aluno de licenciatura em Física da UERJ
Professora, você poderia mandar para o e-mail da turma a nossa média de trabalhos em Física para a Biologia???
ResponderExcluirCaso seja possível, o e-mail é "biouerj2012.1@hotmail.com"
Att,
Tainá Pellegrino
É interessante a importância do ângulo de lançamento nesse tipo de prova. A velocidade de 27,2 m/s possuiria menor relevância caso o ângulo de lançamento fosse menor do que o ocorrido, proporcionando assim um alcance menor. Isso é mais uma prova de que a física está por toda parte!
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