terça-feira, 9 de outubro de 2012
Ciência sem Fronteiras seleciona aluno da Física dos Esportes
Aluno da Física é selecionado para o programa Ciência sem Fronteiras
O estudante do Instituto de Física Rodrigo Amarante Colpo embarcou em setembro rumo ao País de Gales, lugar onde vai viver os próximos 12 meses: nascido em PortoAlegre e morador do Rio de Janeiro desde 2008, ele vai estudar na Swansea University Prifysgol Abertawe, na cidade de Swansea. Este é um novo capítulo na trajetória do jovem gaúcho na busca de seu maior projeto de vida: lecionar física a jovens do ensino médio. Rodrigo, de 26 anos, assumidos os desafios de alguém que tenta a sorte na cidade grande sem ajuda financeira da família. Um dos resultados foi ter sido aprovado no programa Ciência Sem Fronteiras.
Programa do governo federal que promove o intercâmbio de estudantes de graduação e pós-graduação.
Na preparação para a seleção, Rodrigo Colpo recorreu a um método peculiar: “Há
cerca de dois anos decidi que era importante aprender inglês e, como não tinha dinheiro
para pagar um curso, acessei um dicionário na internet e passei a decorar a pronúncia
das palavras”. O jovem fez o exame de proficiência International English Language
Testing System – IELTS e após duas tentativas foi aprovado.
Coordenadora do projeto Física dos Esportes, no qual Rodrigo Colpo é
bolsista de Iniciação à Docência, a professora Rosana Bulos avalia: “Acredito que a volta
do estudante enriquece aqueles que estão aqui e não tiveram a chance de fazer a viagem.
Não é um investimento sem retorno”.
Segundo o Departamento de Cooperação Internacional, atualmente 71 alunos da
UERJ se preparam para ir ou já estão realizando intercâmbio por meio do programa.
Após o período de um ano, os estudantes voltam ao Brasil, onde devem permanecer
por cerca de dois anos, dividindo experiências e atuando em suas áreas de origem.
Em um período de quatro anos está prevista a oferta de 101 mil bolsas. A seleção
inclui entrevista e prova de proficiência no idioma do país de destino. As despesas da
viagem, como passagem e moradia, são custeadas pelo governo federal.
matéria do Informe UERJ, Ano XIX • Setembro / Outubro de 2012 • nº 119 | http://www.uerj.br/publicacoes/informe_uerj/informe_uerj119.pdf
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Ensino de Física aliado a uma modalidade esportiva
COBERTURA ESPECIAL – 23ª UERJ SEM MUROS
Projeto propõe o ensino de Física
aliado a uma modalidade esportiva
Com o objetivo de tornar a disciplina
mais interessante, a quadra de esportes passa a ser uma extensão das salas de
aula
Basta conversar com alguns estudantes
para se chegar à seguinte conclusão: uma das matérias que mais desagrada os
alunos é a Física. Devido à grande quantidade de fórmulas e à complexidade das
análises, a disciplina pode não despertar o interesse, fazendo com que as aulas
fiquem cansativas. Pensando nisso, o graduando em Física pela Uerj, Cleovan
José, desenvolveu o projeto “A Física do Salto”, que alia Física ao salto em
distância.
Esse estudo está inserido em outro
projeto, “A Física dos Esportes”, da professora do Instituto de Física da Uerj,
Rosana Bulos Santiago, que também é orientadora de José. A partir dessa ideia,
o estudante busca o auxílio na elaboração de atividades suplementares, aquelas
em que é possível por em prática toda teoria aprendida dentro das salas de
aula. Segundo ele, é perceptível o aumento no interesse dos estudantes: “Nós
pegamos uma temática que não é bem aceita e juntamos com o esporte, que
geralmente é um assunto mais agradável, e isso faz com que eles se animem para
ter as aulas”.
A análise do salto acontece da seguinte
forma: o movimento do atleta é descrito a partir de um ponto fixo, o chamado
centro de massa. Esse deslocamento vai originar uma parábola, e ao fim, será
formada a trajetória do salto. Porém, o curioso é que existe um fator que pode
influenciar na distância total alcançada pelo esportista, a aceleração da
gravidade. Como esse coeficiente não é fixo, tem uma média de 9,8 m/s², pode
fazer com que a diferença na distância seja de até um centímetro. Parece pouco,
mas foi exatamente essa medida que proporcionou a medalha de ouro para a atleta
brasileira Maurren Maggi, nas Olimpíadas de 2008.
O projeto já é aplicado em um curso pré-vestibular popular em Campo Grande. José explica que, devido a intensidade dos estudos no preparo para as provas, é importante ter uma forma menos cansativa para aumentar o rendimento do estudante. "A resposta dos alunos tem sido positiva, mas
ainda temos o objetivo de chegar no Ensino fundamental e Médio. Além disso, também participamos
de eventos de divulgação cientifica e feiras de Física para disseminar essa nova forma de aprendizado e tornar a disciplina menos cansativa e mais interessante para os alunos".
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