Ainda falando de corrida de curta distancia, muitos avanços foram
implementados, mesmo que empiricamente, segundo fundamentos da física
newtoniana. Um bom exemplo é o caso da evolução do bloco de
partida.
Nos tempos remotos das olimpíadas da Grécia Antiga, os corredores
da prova Stadium, como era chamada a prova de curta distancia,
davam a largada em pé e não abaixados como hoje em dia.
A primeira vez que se tem registro de uma saída baixa foi em 1888,
num campeonato regional, nos EUA. Aqui podemos fazer um parenteses para chamar a atenção para vantagem que a saída baixa tem sobre a alta. Nos poucos
instantes iniciais, o atleta abaixado sofre menos força de arrasto, já que a
área frontal do seu corpo está menor, encolhida. A força de
arrasto é proveniente da resistencia do ar e se opõe ao
deslocamento do corpo no meio, quanto maior a aŕea frontal do corpo maior ela será.
Na primeira Olimpíada da Era Moderna, os corredores americanos
utilizaram esta técnica e sairão abaixados na prova de 100m, e
pela primeira vez, levaram a medalha de ouro com Thomas Burke.
A partir daí, todos os atletas, até mesmo de outros países,
passaram a adotar a saída baixa, e começaram a fazer buracos na
pista para apoiar as pontas dos pés.
Neste ponto que eu quero destacar a clara utilização da segunda
lei de Newton, lei da ação e reação, pelos corredores: o pé
empurra a parede do buraco para trás e a parede reage empurrando ele
pra frente, e assim o corpo do atleta como um todo sai mais
rapidamente do estado de inércia.
Aqui, também está presente a primeira lei de Newton que constata que
um corpo só sairá do seu estado de inercia se uma força atuar
sobre ele. E neste caso foi a força de reaçao que a parede fez.
Como cada corredor tem sua perna de apoio e tamanho de passada
diferente, as pistas começaram ficar muito danificadas, cheia de buracos, e logo
apareceu um engrenagem feita de madeira para substitui-los,
conhecida hoje como o bloco de partida.
Desde então, os blocos de partida passaram por várias modificações até chegar ao modelo atual, feito de aço leve, ajustável para cada atleta e munidos de sensores eletrônicos que são capazes de identificar se o atleta queimou a largada ou não.
Desde então, os blocos de partida passaram por várias modificações até chegar ao modelo atual, feito de aço leve, ajustável para cada atleta e munidos de sensores eletrônicos que são capazes de identificar se o atleta queimou a largada ou não.
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