terça-feira, 3 de junho de 2014

Saltibum: saltos ornamentais


  • Após nove semanas de provas de saltos ornamentais com atores e atrizes durante o programa televisivo do Luciano Huck na rede Globo, o público pode se familiarizar, em parte, com este esporte olímpico pouco divulgado aqui no Brasil. A cada etapa vencida neste programa, a dificuldade imposta aos concorrentes amadores aumentava, literalmente, aumentava a altura da plataforma que eles deveriam saltar (3m; 5m; 7,5m; 10m).

  • O salto ornamental é esporte olímpico desde 1904, e determina que os atletas mergulhem de trampolins de 1m, e 3m e plataforma de 10m de altura, fazendo acrobacias durante o percurso.   Quando o atleta salta da plataforma, a força da gravidade atua sobre ele, imprimindo uma aceleração constante e igual a g= 9,8m/s2, de modo a aumentar sua velocidade continuamente até atingir a superfície da água.

  • Num primeiro momento, para uma análise simples do movimento, podemos desprezar a força associada a resistência do ar, que se opõe a direção de queda do atleta.  Deste modo, é possível considerar a conservação da energia mecânica do movimento, que resulta a obter o valor da velocidade do atleta ao tocar a água (v=sqrt(2gh)). Observe que a velocidade final somente depende da altura da plataforma (h) e da aceleração da gravidade, e não depende da massa corporal do atleta! Portanto, quanto mais alta a plataforma maior será a velocidade atingida por ele ao entrar na água. Para alturas de 3, 5 e 10m as velocidades finais são: 27,6km/h; 35,6km/h e 50,4km/h, respectivamente.

  • Portanto, é totalmente compreensível que os competidores do programa Saltibum tivessem receio de saltar da plataforma de 10m, especialmente, por saberem que a possibilidade de entrar na água corretamente era bem baixa!

Um comentário:

  1. muito bom! Além de poder falar da queda livre, podemos falar do momento angular dos atletas e sua conservação ao longo de todo o movimento da acrobacia!

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