terça-feira, 21 de julho de 2015

Erros físicos dos comentaristas esportivos




O Brasil perdeu para França na fase final da Liga Mundial de Vôlei masculino de 2015, por 3 sets a 1 no ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro (RJ). 


Contudo, o pior para quem assistiu esta derrota não foi propriamente ver nosso central Lucão perder diversos saques, ou quando o técnico brasileiro optava pela inversão 5 por 1,e entrava o levantador Willian (com o devido respeito a este atleta) e não forçava o saque favorecendo a recepção do time adversário. Do lado dos europeus, tudo funcionava, Le Raux chegava a altura de 3.65m a cada saque fazendo quebrar o nosso passe.  Mas, o pior mesmo foi ouvir os equívocos verbalizados por Luiz Roberto, que ao lado dos ex-craques de vôlei Giba e Tande comentavam o jogo pela rede Globo. 


Por inúmeras vezes, erros conceituais de física foram falados com tamanha naturalidade que cheguei a pensar numa nova mecânica, não mais newtoniana, mas numa mecânica de absurdos!


“Ele tirou o peso da bola!”, ele bradava cada vez que a bola do saque saia com baixa velocidade. Ora, se a força peso é proporcional a massa da bola multiplicada pela aceleração gravitacional, como que o atleta poderia variar esta grandeza no momento do saque? A gravidade depende da localização geográfica e a massa da bola é aferida no início da partida e tem valor padrão para tal esporte.  


Num outro momento ele lançou a seguinte pérola: “O toque na fita está mudando o peso da bola!”, aí ele estava se referindo ao uso da nova rede com leds, que segundo ele faz alterar o peso da bola quando esta bate na fita e não passa para o outro lado! Na verdade, a grandeza física a ser destacada é provavelmente a rigidez das tramas desta rede, que é maior devido ao novo material utilizado para proporcionar iluminação. De modo que, algumas jogadas que estávamos acostumados a ver a bola atravessar (por cima) a rede após um toque nela, agora são refletidas e retornam a quadra de quem a lançou.


Ao final da partida, cheguei a conclusão que o “peso” da derrota não ficou apenas nas quadras do Maracanãzinho, mas, principalmente nas aulas de física!

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